A valorização da apicultura na região poderá passar por encontrar soluções de inovação e estabelecer mecanismos de colaboração que permitam o empreendedorismo e a criação de valor em torno deste recurso. Mas as ideias de inovação podem não surgir apenas sobre os novos produtos, mas também sobre formas inovadoras de comunicar e comercializar o produto.

Nas áreas urbanas há um grupo crescente de pessoas que se preocupam com a conservação das abelhas. Com efeito, o aumento preocupante do declíneo das abelhas e dos polinizadores em geral, a que acresce a invasão de espécies predadoras, como a vespa velutina, fez crescer diversos movimentos associados à proteção das abelhas. Por outro lado, também se observa a tendência da preferência por relações diretas com os produtores (farm-to-table). A partir destes dois pressupostos é sugerido um projeto inovador em torno da envolvimento próximo do consumidor com o apicultor. “Adote uma colmeia e receba o seu próprio mel, preenchido em potes personalizados com um nome à sua escolha”, pode ser um dos motes.

Esta ideia é semelhante aos modelos do tipo CSA (Community Supported Agriculture) mas neste caso associado à apicultura. Os consumidores são co-apicultores, uma vez que partilham o risco, no início da época e recebem o seu produto, consoante os resultados da mesma.